Embora a Tropicália (ou Tropicalismo) seja considerado um movimento cultural, englobando não só a música, mas também a poesia, o cinema a as artes plásticas (entre outras), e não um gênero musical, as consequências que trouxe para a música brasileira tornam o seu estudo essencial ao nosso curso.
Como conversamos na aula passada, a Tropicália surgiu em 1967 e durou até o final de 1968, durante um período difícil da história brasileira: a ditadura militar (1964 - 1984). É importante entender este movimento como uma tentativa de renovação da música brasileira, com a criação de uma nova estética que dialogava tanto com a música internacional que estava sendo produzida na época quanto com elementos do folclore musical brasileiro, tendo a antrofagia (do modernismo brasileiro) como uma das idéias base para o seu desenvolvimento. Vimos também que os temas das letras, diferentemente da bossa nova, abordavam questões sociais e mais modernas. Como exemplo, escutamos Cérebro Eletrônico, de Gilberto Gil, que iremos analisar mais a fundo na próxima aula. Além disso, escutamos Tropicália, Panis et Circenses e Divino Maravilhoso para ilustrar a variedade das músicas produzidas neste período.
Para a próxima aula, foram propostos quatro tópicos a serem pesquisados e postados no blog: o Tropicalismo em si, o contexto histórico do Brasil na época, músicos que participaram do movimento e o álbum-manifesto do movimento.
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